Mas moro na linha!
Abraço de Verão
Mulheres belíssimas ensaiando passagens, sofriam ajustes que apenas o criador podia discernir. Eram velhas, experientes e experimentadas, nenhuma tinha menos de 20 anos e nenhuma mais de 21. Haviam superado a ilusão, agora trabalhavam, e para isso aligeiravam-se com vinho.
Meninas desnudadas juntavam-se em ramos de corpos magros inalando coca, quase tanta como a que as mães tinham inalado enquanto se entregavam à fornicação de um qualquer belo jovem, porque os egos precocemente envelhecidos assim o exigem para se rejuvenescer antes de tornar a sentar nas segundas filas.
Três perfeitos espartanos cuidavam-se com admiração, o mais exemplar grupo de manequins masculinos com quem privei. Ignorando qualquer fêmea, tinham-se madrugada dentro em orgias nos telhados e varandins da ilha, mas até findo o trabalho nem um esgar se abeirava de seus rostos. Bebiam uns dos outros, sabiam que eram belos.
E dois lusos, apostados de honra em regressar a casa com mais conquistas que o amigo… e com escudos suficientes para carta e primeiro carro.
“Break a leg”… e em fila de apresentação recebemos os primeiros aplausos.
αγκάλιασμα
(photo by Medoga)