Não vamos conseguir chegar ao quarto... disse-lhe.
ELE, desolado, sentia o pénis destroçado. Sangrava um pouco, inchado, repousando sofrido na palma da mão perfeita.
Demasiadas vezes se tiveram mas o desejo mantinha-o refém. Sabia que a qualquer instante ELA se afastaria, mas enquanto se mantivessem fundidos, conseguia conter-se.
ELA, olhou-o com o troçar de uma Deusa, dedilhou a uretra em Adágio, e ergueu-se rumo ao algures que sabia nunca alcançar. ELE deixava-a sempre afastar-se... acompanhava seus passos perfeitos que mesmo com um andar literalmente novo se mantinham perfeitos, e agradecia-lhe o privilégio cantando.
Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça
É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço a caminho do mar
Depois, capturava-a e tinha-a!
ELA, tão ferida quanto ELE, sorria-se com o convite pela enésima vez aceite, irrecusável. Irrecusável como a perfeição com que recebia o falo gasto até às veias que lhes cedia prazer à dor, justificando-a.
Irrecusáveis, e ELA sabia-o… mereço cerejas! e tornava a levantar-se, sorrindo, perfeita. ELE, ajudou-a a erguer-se, e como não merecia cerrar os olhos cantou...
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar...
E capturou-a, e teve-a.
Em horas avançaram meros passos, tinham-se todo um corredor. Não vamos conseguir chegar ao quarto... repetiu-lhe.
ELE, desolado, olhou-a nos olhos Feliz, e tornou ao pénis destroçado.
Abraço a quem passa