sexta-feira, janeiro 25

Afinal...

A União Europeia propõe que se adopte um preço europeu do carbono, ou seja, quem polui paga para poluir.
Em Portugal praticamos esta politica à bastante tempo. Nos gabinetes, nas televisões, na cabeça dos greenectualoides... infelizmente raramente nos Rios, nos Pomares, no O2, nos TIMPANOS...

Acredito nos outros, NUNCA em nós, nós que multamos a extinção de vida num Rio em 250€... Mas os outros propõem-se baixar drasticamente a fasquia da tolerância poluitiva, e cobrar com relativo peso quem a ultrapassar (o destino desta cobrança não foi revelado...), e vindo da Europa tenho fé! Mesmo que pela boca do nosso patrício Cherne.

Foi dado como exemplo a Cidade de Serpa, abastecida por uma das maiores centrais de energia solar fotovoltaica do Mundo. Seria um Mundo mais bonito se dependêssemos do Sol...

Naturalmente, a deslocação das empresas para países em que seja mais barato produzir, conduzirá à desertificação industrial da Europa, e vamos todos morrer de fome porque tadinhos de nós não conseguiremos encontrar outras formas de sustentar o povo do velho continente.
É este o principal factor para que o momento Ecozen não me mereça desde já um enorme aplauso, mas deixo-o para a minha filha pois gostei bastante, fez-me voltar a acreditar na Europa, mesmo com Portugal incluído.
Abraços
(foto not by me)

segunda-feira, janeiro 21

Adolescente

Bouquets salpicados de postais realinhavam o hall do hotel num falicismo tão démodé como incómodo. Não eram de forcados as imagens, mas dos próprios locais onde o miúdo se emprestava aos turistas. Não era o Guadiana que definia o horizonte, mas o Oceano quem perfumava a fachada do Hotel Vasco da Gama.

O miúdo trabalhava com o brilho negro do olhar “pescando” mais um Turista entre postais. Tinha pago o Inter-Rail na primeira metade da segunda noite mas dava-lhe gozo rir no whisky do Camarinha.
Continuou-se sedutor profissional, realizador de orgasmos por duas vezes 30 dias, nos segundos 30 porque existe mais Mulher na mulher amadurecida mas também porque o Ego o quis.


May i buy you a drink?

From now till breakfast if you wish...


(a photo do post anterior não é da minha autoria e esta também não, sorry, esqueci de mencionar)

sábado, janeiro 19

Miudo

A proximidade com Sevilha fazia de Vila Real de Santo António uma Vila de Touros que se distendia muito para alem da Praça. Nos canteiros bandarilhados, nas janelas de cartazes, na remenda de redes e capotes, numa panóplia de souvenirs que ainda mais enchiam de cor a Avenida.

O miúdo não precisava de saber ler para sonhar ser Forcado, e enquanto o brilho negro do olhar não conquistava mais um Turista, mirava os Postais, mirando-se de futuros.

Take it, its yours.

Tank iu madame

E esquinava-se correndo para a caixa sobe o balcão da tasca do Avô Clemente, onde dispunha no chão escarrado a colecção de uma vida.

sexta-feira, janeiro 18

Homens.

Preciso que aguentem 30 segundos,
depois chorem ou aplaudam.





Abraço

sábado, janeiro 12

Mais um...

A integridade da minha moral funamboliza precipícios sociais.
Dependendo do entusiasmo das convicções, voo ou tombo.
Dependendo da qualidade da emoção envolvida posso, ou não, encontrar compromissos que amparem a hipocrisia.

Quando esta Ego-moral os mais queridos me fere, regresso à dor que de mim expulsei com a que para sempre me ocupa, permitindo que a intrusa se passeie pelo olhar até que do exterior palavras confirmem o obvio: não há moral no sentir.

Pranto de solidão amparado na multidão, lancei pedidos de atenção a alguns dos mais e menos queridos com quem partilho, descobrindo apenas um disposto a deixar de receber para entregar. Naturalmente estão desatentos, são egoístas, humanos, como eu.

Duas pétalas de verbo, de mais não precisei. Uma que traduzisse o meu lamento, e outra que me recolocasse na terra.

terça-feira, janeiro 8

Siga...

Despedi-me da janela para as manhas da esbelta vizinha romena.
Desenfrentei o recanto ilustrado pelos pedaços de quem querido me é.
Melhorei a minha funcionalidade de vida... Comprei um portátil.

Quatro horas de Sol directo luxuriam o vermelho clássico do sofá, de onde outras tantas horas de Lua são visíveis pelo janelão.

E dentro, o resto do cabelo cortado
na manta ofertada enrolado
procuro ainda ergonomia
miúdo reinando com alegria
lembrando de cor favoritos
reinstalando programas corrompidos
fumo ainda mais, agora desterrado
2008 é um ano condenado!

Regresso devagarinhozinhosicimo, como se Janeiro não tivesse folha...


Abraços muito grandes e muito fortes a quem passa!!
Minha foto
Algés, Oeiras, Portugal
eu sou quem