domingo, setembro 30

Ideias assustadoras (ou não)

- Os Pombos...

- “Ratos com asas” diz o Povo... só consigo gostar deles quando lhes passo com o Megane por cima !

- Os Pombos... são testemunhas de tudo o que sucede nos dias das ruas. Seriam uma óptima ferramenta de big brotherização ! Instalava-se uma câmara em cada um e...

- Brilhante miúda! Isso dava para um livro de Ficção Cientifica.

2ª edição do Brazilian Day Portugal e Mega Festival de Música Africana, no Passeio Marítimo da Algés.

Milhares de sorrisos... dezenas de corpos unanimemente considerados Arte... reboledos inacreditáveis... e eu apático, vagueando pelas linhas de teenagers africanas, os únicos corpos remotamente comparáveis ao com quem julguei viver o resto dos meus Dias.

Se o Amor fosse um corpo, eu jamais seria eu !

sexta-feira, setembro 28

Venham mais duas


















 





                                           

















Diogo Campos - Legal Evidence
Emanuel Andrade - Polo Norte, Sergio Godinho
Emanuel Ramalho - Radio Macau, Delfins, João Pedro Pais
Fernando Cunha - Delfins, Resistencia
Flak - Radio Macau, Micro Audio Waves
João Gomes - LX 90
Luiz Arantes - Ritual Tejo, João Pedro Pais, Indigo
Maria Leon - Ravel
Miguel Gameiro - Polo Norte
Miguel Magic - Polo Norte
Olavo Bilac - Santos e Pecadores
Paulo Costa - Ritual Tejo
Paulo Riço - Essa Entente
Rui Pregal da Cunha - Herois do Mar, LX 90
Tim - Xutos e Pontapes, Resistencia
Zé Manel - Fingertips
...

terça-feira, setembro 25

Saudades de minetar

Como sentir tanto a falta de um minete ?
É que apetece, oh querida se me apetece...
Apoteótico do sorvendo ir ao tanto gritar
prelúdios de tudos o que posso imaginar.

Como sentir tanto a falta de nos engolir
impares sabores sugados ao nosso sentir
Tsunami dos bicos onda desce abdominal
invertida catarata liberta esse grito animal.

Como sentir tanto a falta de tanto lamber
paraíso feito carne clave que preciso ter
e de beber e de beber-nos uma e outra vez
sem vezes ou tempo a qualquer dia do mês.

Como sentir tanto a falta de um minete ?
É que me apetece, oh querida se apetece...
Por ti guloso adentro sorrindo um “até já”
biberon dos tudos que máximo a vida dá !

p.s. isto de não treinar, depois tem de se queixar...

domingo, setembro 23

Fim do Verão

E chego ao fim de mais um Verão.
Aquele que devia ter sido o melhor Verão da minha vida pós teenager, daquele que devia ter sido o melhor ano de todos os meus dias... e não foi.

Mas cá estou, pronto para calar até curar e continuar a tentar ser sempre mais do que fui.

sexta-feira, setembro 21

Sons de Lx

Comigo entraram os primeiros acordes do “So Long” by Fischer Z, e uma sede não alcoólica em pleno after hours duma Lisboa rejuvenescida pelo recomeço das aulas.
E quem não sei das quantas, se não beber não faz parte desta mesa” entoavam cactos de miúdos mais ébrios que felizes, salpicando de pequenas multidões uma Lisboa que me é muy mais intima, muy mais calada, muy mais minha.
E foram-se os Zed, mixados em meio “Sultans of Swing” (versão Alchimy) by Dire Straits, e os miúdos sentiam os acordes na espinha, mas continuavam demasiado envolvidos com as praxadas para os respeitarem.
Maldito volume conversável, hipocrisei-me... eu que já prefiro espaços onde também se possa conversar, implorava agora um qualquer ruído que me afastasse dos universitários.
Salvou-me o peito enorme e sem bicos que sorrindo cansada me testemunhou uma Cola carregada de Limão e dois minutos de nova conversa, antes de recomeçar o ritual das rodadas universitárias religiosamente duplas porque a primeira “ou é de penalti, ou não é...” ao ritmo dos primeiros acordes do “Welcome to the jungle” by Guns & Roses.
Prometi a mim mesmo que se de seguida rodassem ACDC eu seria capaz de entrar no ritmo do espaço, deixando-me escorregar do banco alto para um canto.
- “Olá” disse-me ela no canto, bronze dos inúmeros festivais de Verão, meio rasta de Mar, com a confiança do sorriso de qualquer teenager. “Tum” introduziram com sinos o riff do Angus Young. Isto é um crime, pensei-me.

p.s. os miudos são ruidosos mas boa onda.
p.s.2 próximo telemóvel que comprar tem de ter maquina fotográfica!

quinta-feira, setembro 20

Contando carneiros

Tanto mas tanto que dói
este dormir não conseguir
por pavor dos olhos cerrar
e ah memoria permitir largar
tudo a que quero escapulir.
O tanto que ontem me foi
e o vazio que empurra e força
escolha por mim imposta
vontade que me constrói
mas castra do puro sorrir
aparta do mais puro amar.
O que consegui alcançar
sonhos não ousam sentir.

p.s. quem viu o que meus olhos vêm, sabe que a Solidão é a Mãe de todas as angustias.

segunda-feira, setembro 17

São verbos senhora, são verbos.

E se invés disto aquilo me entregares ?
Certamente não trocaremos os olhares
como os que pensam desnaturalmente
porque certo é que errada é a outra mente
e se mais um dia nos pudermos ser e ter
longe dos segredos que obrigam a aprender
nem sim nem mais que insectos tomaremos
da réstia da cinza que nunca conhecemos
porque melhor que o ver sem frio se saciou
no rouge sangue da criatura que lhe falou
e sem pudor sentiu e disse do querer
quase tão imo quanto o imo do pretender.

(tenho saudades de sorrir)

p.s. photo not by me

Zucaday´s

Você tem uma áurea muito positiva !

Eu ??? (negro trajando, corpo e alma) muito obrigado miúda mas eu não sou mesmo boa onda.

Não sei o que você faz ou fez mas é o meu trabalho e mesmo “desligada” eu vejo sua boa áurea.

Ainda bem, fico contente por mim...

... toca di novo o tema da Tina, vai ?! mas canta para mim.

“I dont care whos wrong or right, I don’t realy wanna fight no more”

Ela sorria-se, balançando peito e ancas, enquanto se semi despia.

Eu, terminei o tema com o ultimo cigarro, ensaquei a guitarra, e tropecei no remorso avenida baixo.

Ainda não estou capaz de fazer amor/sexo com outra mulher.

quinta-feira, setembro 13

Prémigos

Há milhares de dias que digo à malta para aproveitar os piores momentos para criar. Seja pintando, seja musicando, seja escrevendo, seja whateverzando... mas que aproveitem sem crepúsculos esse fluxo altamente intimo, para colocarem sobre um qualquer tipo de suporte o que (na minha opinião) de mais intenso, puro e profundo existe em nós: a dor.

Depois de algumas décadas a prégar, debandei do pedestal da hipocrisia para o executar. E é isto que tenho feito nos últimos dias; reconversar com a folha em branco.
Tem sido bom, tem sido muy útil, tem sido mais um amigo, daqueles esquecidos.

terça-feira, setembro 11

Não mais Julieta encontrar



Abdiquei da vida e da família, pela mulher de todo o sonho,
e tanto me dói a garganta, não de chorar mas de nos gritar.
Porque estender tuas roupas e corpo, privilégios me foram
e ah´s suspiro em grito sempre que reencontro o que para trás
nos deixaste ou nos faltam nos gestos que continuo a fazer
e outros tantos, que tanto queria e não mais posso repetir.

Em semi pânico a rua subi, por não mais Julieta encontrar.
Malveiras de medos me cuidou, pele na pele, una a mão,
e ah´s suspiro em grito agora que o ontem nos lança e faz
mais não que o Mundo e tu quiseram que o nós possa ser.
Tenho pena, claro, de tanto me sugares para saberes fugir.

Tenho muita pena claro, dos dias que desperdicei em vão
mas jamais do sonho vivo de também ter sabido do amar,
porque da próxima bonança nada mais me permitirei ter
que o saber no ser, do feliz sem infeliz, do mais que abrir.

Como em fado, não saberemos amanha in vero recontar
o porque dos porquês deste ponto interregno do viver,
destes infames filhos do nada, que jamais deixaste florir.

Ah´s me lanço e desespero, nesta tanta vontade de dizer
ah´s com orgulho de tudo aquilo que nos deixas-te sentir.

p.s. noutros dias, defenderia até à ultima Guinness que todos os outros estão errados.
Agora aceito que eu também devo estar...

segunda-feira, setembro 10

Le Gran Chef

Le gran chef jamais teve um frigorífico tão abastado. Nem em casa da Velha, nem nos primeiros dias do primeiro casamento. Apenas nos dias pós segundo casamento, quando de dois frigos passou a ter novamente um, repleto de saúde até ao limite das dobradiças das portas.

Le gran chef resolveu-se dar jus ao epíteto, remoendo das entranhas frias tudo o que da imaginação pré criou, algum do tanto que no frio lembra os mais grandes dias.

Le gran chef, grande foi ! No criar, no deitar, no mixar... assim o disse seu nariz, barómetro de qualquer fogão seu.
Até que, coreografo, fechar do frio a porta para a do gelo abrir, e descobrir uma couvert que há anos não tinha... e chorou porque não lhe pertence, e chorou o suplício dos minutos que faltavam para o próximo Unisedil, e terminaram duas garrafas de gás.

Salvou-se o jantar, agradável.
Ficou-se pelo vulgar, como me espero adiante.

p.s. já fui fotografo...

Menina, amiga, amante e mulher,

Meia vida mais não fui que o que me permitiste ser-nos mas, por e em ti, quase tudo o que me quis existir fui; Deus em Homem, homem perfeito, perfeito o sonho que em nós concretizei.
A ti devo vida e morte, parido sorrido e terminado. Porque Ícaro O Amor busquei até colher, e hoje privilegiado o tempo espero de outra existência.
Mais rico, mais feio... mais ansioso pela paixão que de mim lave esta tão rica e feia solidão, que não mata porque não quer mas que quando quer mais fere que a morte.

Obrigada meu Amor de ontem, muito obrigada.

domingo, setembro 9

Quando

Quando comer parte não faz, empobrece o corpo.
Quando dormir se pede em vão, desperta o ontem.
Quando cantar não arrebata no olhar se emudece,
a solidão devorante deste dessentindo acontece.

Pregos que o peito me atravessam
nem uma gota de ar me reemprestam.
Amigos são-me agora os comprimidos,
ciente de mais oito horas de placebos.

Quando pintar não diz, esfuma-se o verbo.
Quando o compincha parceiro se descobre.
Quando amar se esquece porque impar foi,
desespero ou apatia se consome do que doi.

Porque apenas o tempo pode recuperar
aquilo que fui e já não sou por a amar.
Maldito que se passeia sempre tão lento
proscrito de mais um verbo feito lamento.

Quando se regressa

Quando o corpo habituas, a dois ou três orgasmos diários,
mais te grita em desejo, quatro ou cinco insaciáveis.
Quando o corpo habituas, a nada ou mão apenas ter.
Ao nada o corpo se habitua e a palma vais esquecer.
E regressa-se ao breu, aquele que por dentro seca.
E regressa-se do deus para o que do homem resta.  

Curtíssimo é o passo entre a cumplicidade e a solidão,
mas imensa é a passada entre dois sins e um não.



Minha foto
Algés, Oeiras, Portugal
eu sou quem