sábado, fevereiro 16

Pedaços de mim.

Às vezes quero abraça-la e nunca mais a largar.
Às vezes quero do passado um futuro para sonhar.
E bebo esta e aquela sem conseguir fugir
e estrago tudo o que não tenho para conseguir dormir.
Às vezes olho sem ver o que seria emoção.
Às vezes encontro pedaços de mim pelo chão.
E fumo disto e daquilo sem conseguir escapar
ao castigo do sonho vivo, a maldição de amar.

Mas antes um miserável com a alma trucidada
que nunca ter vivido o tudo nesta rua do nada!
Mas antes velho e acabado sem sonhos por sonhar
que velho choramingado no balcão de um bar!

Às vezes quero apagar tudo o que fui de mim.
Às vezes sei que precepito a vinda de qualquer fim,
e Ícaro me lanço sem desejo nem vontade
em qualquer falsa mudança, uma outra realidade.
Às vezes recolho do rio uma esperança
que nos passos até casa transmorfo em matança.
Às vezes acredito que sim, outras que não.
Já não encontro desculpas para este não coração.

Mas antes um miserável com a alma trucidada
que nunca ter vivido o tudo nesta rua do nada!
Mas antes velho e acabado sem sonhos por sonhar
que velho choramingado no balcão de um bar!

Às vezes quero abraça-la e nunca mais a largar.
Às vezes quero do passado um futuro para sonhar.
Às vezes olho sem ver o que seria emoção.
Às vezes encontro pedaços de mim pelo chão.

2 comentários:

AnaMar (pseudónimo) disse...

belíssimo!

AC disse...

Nem por isso mas, muito obrigado.

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