E eis que da mágoa é chegado o dia
de culpas e sorrisos da alma purgar
fuzilando-me com todo e cada erro
rebaptizando-me antes de me lançar
no resto de bom que Dias receberei
do resto do pesar que forte evitarei
porque pós ela julgo nada aprender
da estrada que me resta percorrer
E eis em esperança chegada a noite
de por uma ultima vez nos prantear
sonho perfeito que agradeço vivido
a utopia que nós não soube cuidar
para dela me parir quase outro eu
pobre com a noção que enriqueceu
porque pós ela não do amor receber
que resistir a este tão grande perder
E eis chegada hora tristíssimo adeus
decidir cortar para não mais sonhar
e engolir vómitos engolir os pulmões
de toda a memoria ainda encapuzar
transmutando-me no que fui ou sou
reaprendo do que tiro e do que dou
porque pós ela nada tenho a temer
resta-me não ser infeliz no que viver
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