Quando comer parte não faz, empobrece o corpo.
Quando dormir se pede em vão, desperta o ontem.
Quando cantar não arrebata no olhar se emudece,
a solidão devorante deste dessentindo acontece.
Pregos que o peito me atravessam
nem uma gota de ar me reemprestam.
Amigos são-me agora os comprimidos,
ciente de mais oito horas de placebos.
Quando pintar não diz, esfuma-se o verbo.
Quando o compincha parceiro se descobre.
Quando amar se esquece porque impar foi,
desespero ou apatia se consome do que doi.
Porque apenas o tempo pode recuperar
aquilo que fui e já não sou por a amar.
Maldito que se passeia sempre tão lento
proscrito de mais um verbo feito lamento.
2 comentários:
Quando a dor passar,
outros caminhos irás encontrar,
Chorar... sorrir... amar...
passeando lenta ou velozmente
pela vida triste ou alegremente...
foste, és ... serás...
jamais deixes de caminhar...
(*)
A dôr está a passar, mas ficam salpicadas por aqui e acolá, saudades do que podia ter sido.
Outros caminhos caminharei, certamente !
Postar um comentário