Depois da filhota fica a falta. Ficam a despensa e o frigorifico vazios, e fica o chão (madeira, pedra e alcatifas) imundo.
Depois da filhota, chegam as visitas. Poucas, nada diário e até à entrada da manha como no quarto verde em casa dos velhos, mas as poucas que aparecem são-me vida.
É o casal da margem sul que traz álcool e café, que paga a encomenda do Chinês, e que se fica noite dentro, jogando e tertuliando.
E o baixista que vendeu esta casa à minha ex mulher, que aparece armado de cerveja sem álcool para mais uma Jam com o JR, um amigo de infância novamente visita dos meus dias.
E aparece para conversa da séria e da única, um alentejano filho de Alfama, com o dom de traçar e compreender como a poucos conheci.
E a mãe da filhota, porque desincruzaveis são os nossos passos.
E a ex namorada, porque nossos passos não se conseguem descruzar.
E limpam-me os pelos do chão os três filhotes dos emigrantes, enquanto os pais me actualizam de meses em horas.
E o DJ que enche a mesa de todo o tipo das melhores drogas, infelizmente todas a preços inatingíveis.
E o T, irmão do rugby, da musica, do pôr-do-sol, e das noites bebidas de existência.
E assenhora-se do sofá vermelho o meu sportinguista preferido, vitaliciamente secundado pela minha amiga preferida dos dias de António Arroio. Um casal que já viu mais Terra que eu, mas eles continuam, todos os anos!
E aparece o Antropólogo vizinho do exorcista, no alter-ego de realizador cinematográfico, boemiamente acompanhado por um Dom da parte menos rica dos Bragança.
Enfim... muito poucas mas muito boas, enchem-me por dias.
(tenho perfeita noção que mais não são porque vivo onde vivo, mas mais uma vez se aproximam tempos de mudar)
Depois da filhota, chegam as visitas. Poucas, nada diário e até à entrada da manha como no quarto verde em casa dos velhos, mas as poucas que aparecem são-me vida.
É o casal da margem sul que traz álcool e café, que paga a encomenda do Chinês, e que se fica noite dentro, jogando e tertuliando.
E o baixista que vendeu esta casa à minha ex mulher, que aparece armado de cerveja sem álcool para mais uma Jam com o JR, um amigo de infância novamente visita dos meus dias.
E aparece para conversa da séria e da única, um alentejano filho de Alfama, com o dom de traçar e compreender como a poucos conheci.
E a mãe da filhota, porque desincruzaveis são os nossos passos.
E a ex namorada, porque nossos passos não se conseguem descruzar.
E limpam-me os pelos do chão os três filhotes dos emigrantes, enquanto os pais me actualizam de meses em horas.
E o DJ que enche a mesa de todo o tipo das melhores drogas, infelizmente todas a preços inatingíveis.
E o T, irmão do rugby, da musica, do pôr-do-sol, e das noites bebidas de existência.
E assenhora-se do sofá vermelho o meu sportinguista preferido, vitaliciamente secundado pela minha amiga preferida dos dias de António Arroio. Um casal que já viu mais Terra que eu, mas eles continuam, todos os anos!
E aparece o Antropólogo vizinho do exorcista, no alter-ego de realizador cinematográfico, boemiamente acompanhado por um Dom da parte menos rica dos Bragança.
Enfim... muito poucas mas muito boas, enchem-me por dias.
(tenho perfeita noção que mais não são porque vivo onde vivo, mas mais uma vez se aproximam tempos de mudar)
16 comentários:
Ah! Isso sim é vida! casa cheia de amigos e histórias e álcool e drogas e mais e mais!!
Beijos bons!
Ao menos podes dizer que és um gajo bem "habitado"...Isso é bom!
Então moras em Oeiras? é onde minha filha tem o restaurante.
Querido, recebi o beijo ainda com gosto de sal e inteiro!
Sopro um daqui ao calor da tarde. Pega-o!
Cuide-se
:)
"porque nossos passos não se conseguem descruzar."
Olá!
Passei para deixar um abraço
Delicioso!
o texto
a filhota
os amigos
o cenário
a tertúlia
tú
e
a tua
casa ;^)
abreijos
txigototanti
*b
O entra e sai é bom... mas eu também gosto da minha solidão. Beijo
Ainda gostavas de mudar para caberem mais visitas mas onde pode haver outro espaço com a claraboia a oferecer-te de tempos em tempos uma lua gigantesca que veneras dedilhando nas cordas da guitarra?
E aqui entre pêlos de cadela (de quatro patas claro), o sofá vermelho e as múltiplas personagens que te entram casa dentro no brando rocaçar da tua hospitalidade, tu és soberano nos entreténs do anoitecer, nos consolos da meia noite e nas saudações das manhãs.
Beijo orgulhosamente desincruzável.
e com tanta visita (excelente) haverá motivo para te queixares? :)
ah! os filhos, os filhos! Aqui a casa enche-se de um silêncio esmagador na sua ausência
Isso sim é vida.
Gostava de ter amigos assim...
um bjo e uma boa semana
E que nunca te faltem visitas, nem de amigos nem da filhota.
Li o teu primeiro post e achei interessante o facto de precisares de mais espaço.
Este agora também é visitado e habitado por vários amigos ou conhecidos da blogosfera.
E olha, fico muito agradada com a forma como o preenches!
Deixo-te um grande beijo!
Dói a ausência dos filhos. Dói novos rumos de vida. Mas é preciso recomeçar. Com energia.
Felicidades.
histórias de vida, ou uma vida com histórias de permeio, mas o que mais custa mesmo é o vazio que um filho nos deixa
beijos e boa semana
Muitas vezes é a ternura que nos toca, e neste post que já reli sem fim é sempre a ternura pelos olhos que enchem os teus e pelos amigos que adoras duma forma tão tua como incondicional. E que bom deve ser estar à conversa assim sem horários de amanhãs e esta linha de água que temos aqui tão perto promete sempre uma nova esperança...não é vizinho?
"...são-me vida..."
vida cheia
E, sinto a falta de mais palavras tuas...É como chegar ao fim de um filme de que se gosta muito e querer que a história continue.
As vivências são-me tão familiares, algumas tão semelhantes, que só podemos mesmo ser irmãos.
Beijo com cafeína, pq. estou morta de sono...
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