domingo, outubro 21

Post 119

No sopé da Serra, do lado sombrio
longe do canavial que lambe o Rio
vive um triste Príncipe dizem alguns
Prisioneiro sei-o eu, porque lá o pus

Desce ao Rio para fumar Liamba
sobe a Serra porque a Lua o clama
e mais não lhe posso permitir olhar
porque fecha os olhos para masturbar

E vive recluso mesmo sem cancela
porque evadir não é uma janela
mas sim guilhotina, SIM GUILHOTINA!
Só não o sabe quem apenas rima

Mas vêm amigos e vêm paixões
trazem consigo as recordações
e partem e vão, fico eu carcereiro
apontando ao pilar o meu cacilheiro

E aplaco, aplaco-nos, repousamos-te
E mato, mato-nos, reencanto-me
E arrepio caminho para não entender
que sou carcereiro no verbo dizer.


Abraços

14 comentários:

moonlover disse...

É tão bonito

como triste este poema!


Só somos prisioneiros até um dia...


um beijo liberto
b

Eme disse...

‘tado do príncipe preso no cativeiro
Sentenciado sem lei pelo seu carcereiro
Jorra sangue da tua mão feita espada
Verbo tornado em rima emparelhada

Cada dia prostra-se junto à cancela
Alimenta -se na imagem da donzela
O seu nome permanece por decifrar
De corpo e alma anseiam-lhe o tocar

Aplaca a ira, intrépido carcereiro
Mata, mata-te, reencanta-te todo inteiro
Beijo imenso em que amo o teu dizer
Na alma de poeta que dizes não ter




Como tinha saudade de reler uma rima tua.. Beijo. Amargo, se assim o quiseres.

Anônimo disse...

Já pensaste que poderás ser carcereiro de ti!E só de ti!

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olà Dias, amigo lindo poema.
Adorei!!!
Beijinhos,
Fernandinha

AC disse...

MOONLOVER
Dizem que tanto o Príncipe como o Carcereiro têm um prazo nos seus papéis, só espero que com o “prazo” não se crie a acomodação.
Liberto um beijo

MARTA dos auscultadores
Poeta és tu, vai lá ofender outro!
Óptimo complemento, muito obrigada.
Os meus beijos são sempre salgados.

ANÓNIMO
Obvio…

FERNANDA E POEMAS
Muitíssimo obrigada.
Beijinhos

impulsos disse...

Podes até ser
Recluso do teu querer
Podes até ser
Carcereiro do teu verbo
Mas uma coisa eu te quero
Dizer...
Acho que és muito bom
Mesmo!
Em tudo o que nos deixas ler...

Beijo

PS. Parabéns pelo post 119!!!

*Um Momento* disse...

Verbo dizer, carcereiro no sentir
Do lado sombrio a luz faz surgir
Rio e Lua, esta sempe nua
Ilumina o cacilheiro
Que transporta ilusões
Princepe amado por alguns corações
Liamba fumada para esquecer recordações
Usa a guilhotina nas imensas paixóes
Evadindo-se...entrando na janela das imensas emoções
Da serra vejo eu mil turbilhões
Caminhos calcados ,traçados,
Clamando repouso em mil sensações

Beijo Nosso
(*)

Anônimo disse...

Meu amigo, ser carcereiro é estar do lado de fora como prisioneiro, como tal dá as chaves ao Príncipe, e ele que apanhe o cacilheiro, aproveitando a viagem para se masturbar, assim quem sabe se não faz aparecer de novo os golfinhos no Tejo!
Digo eu...

Helena disse...

Detida fiquei eu, com este poema cheio de encanto!
Em liberdade vou partir para noutro porto atracar, e neste eterno sentir, voltarei para te soltar:).
Gosto da fotografia.
Beijão.

sem naufragar disse...

5*

Anônimo disse...

Ontem detive-me e retive-me no teu brilhante post, o qual é uma excelente ideia e um dia destes homenageio tb assim quem gosto, mais do q correntes e prémios estas sinceras surpresas são fantásticas.

Gostava de te dizer q este teu poema é excelente, belo... memso à Trovador. Gosto de ti n sei porquê mas gosto, gosto da pessoa q vejo por aqui, dessa saudável loucura.

Beijo em ti e na tua menina linda :)

AC disse...

IMPULSOS
Vindo de ti, mais que um elogio, considero uma sentença de qualidade.
Muito obrigada.
Beijo

UM MOMENTO
Tu sabes-me ler e responder como muito poucos.
Obrigadíssima miúda.
Nosso Beijo

SNIQPER
Bom reply.
Adorei a ideia do esperma golfinhos tornados.

AC disse...

GODDESS
Muitíssimo obrigada por tudo.
Beijãojãojão

SEM NAUFRAGAR
Cool.

KI
Trovador será demasiado mas claro que me enche o Ego.
A pessoa que vês e lês raramente é a mesma que também te gosta.
Beijo em ti

Anônimo disse...

muito rico... "matame outra vez" lhe disseste...

Minha foto
Algés, Oeiras, Portugal
eu sou quem