
O vento raro em constância lhe renovava a textura, apresentando-nos um Mar rejuvenescido. Espelho cabriolante, sorriso aberto dando e aprendendo a receber, em montículos se pavoneava, estendendo-se até à entrada dos nossos pés.
A maior das Luas, imponentemente baixa, larga passadeira estendia da espuma à sombra da terra, prolongando-se na mais luminosa das ordens: venham, caminhem-me.
Para ela não podíamos, não ontem. Nem um para o outro, mesmo fundidos não ontem. Mas caminhámos horas mais horas, o asfalto e o Mar, porque os encontros e as despedidas são desde o inicio o mais marcante de nós.
Os dois éramos quatro e sem segredo todos se beijavam, se comemoravam, os corpos fundidos e os que ausentes os completam.
Por fim, despencou-se um Oceano das paredes de um Rio, qual cascata iluminista, e a Lua mirrou-se até à sombra da Terra, e muito antes do Sol, despedimo-nos.
Abraço à Lua e ao Mar