terça-feira, setembro 11

Não mais Julieta encontrar



Abdiquei da vida e da família, pela mulher de todo o sonho,
e tanto me dói a garganta, não de chorar mas de nos gritar.
Porque estender tuas roupas e corpo, privilégios me foram
e ah´s suspiro em grito sempre que reencontro o que para trás
nos deixaste ou nos faltam nos gestos que continuo a fazer
e outros tantos, que tanto queria e não mais posso repetir.

Em semi pânico a rua subi, por não mais Julieta encontrar.
Malveiras de medos me cuidou, pele na pele, una a mão,
e ah´s suspiro em grito agora que o ontem nos lança e faz
mais não que o Mundo e tu quiseram que o nós possa ser.
Tenho pena, claro, de tanto me sugares para saberes fugir.

Tenho muita pena claro, dos dias que desperdicei em vão
mas jamais do sonho vivo de também ter sabido do amar,
porque da próxima bonança nada mais me permitirei ter
que o saber no ser, do feliz sem infeliz, do mais que abrir.

Como em fado, não saberemos amanha in vero recontar
o porque dos porquês deste ponto interregno do viver,
destes infames filhos do nada, que jamais deixaste florir.

Ah´s me lanço e desespero, nesta tanta vontade de dizer
ah´s com orgulho de tudo aquilo que nos deixas-te sentir.

p.s. noutros dias, defenderia até à ultima Guinness que todos os outros estão errados.
Agora aceito que eu também devo estar...

2 comentários:

Mi... disse...

Estou sem palavras...pelo Dom das tuas Palavras que consumiram as minhas...
Sabes... Tocaste-me no coração com tanta dor...

Abraço-te FORTE!!

(*)

AC disse...

Obrigadissima Mi.
(obrigaste-me a reler o Poema...e sim, também me parece bastante negro, mas, também bastante tributista... enfim, são dias )

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Algés, Oeiras, Portugal
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