quinta-feira, setembro 20

Contando carneiros

Tanto mas tanto que dói
este dormir não conseguir
por pavor dos olhos cerrar
e ah memoria permitir largar
tudo a que quero escapulir.
O tanto que ontem me foi
e o vazio que empurra e força
escolha por mim imposta
vontade que me constrói
mas castra do puro sorrir
aparta do mais puro amar.
O que consegui alcançar
sonhos não ousam sentir.

p.s. quem viu o que meus olhos vêm, sabe que a Solidão é a Mãe de todas as angustias.

2 comentários:

Helena disse...

É um grito no deserto é uma sede insaciavel...Merda de dor que sufoca o mais profundo do nosso ser:(

AC disse...

Obrigaste-me a reler-me e, olha, gosto bastante ! Acho que está um "bom" semi poema.
Da Dor; tenho tido a sorte de me conseguir domar para "apenas" a sofrer no acordar. É um acordar vazio, amputado, com falta de sentido... mas, adormecer, já consigo, desmaio :)

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Algés, Oeiras, Portugal
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