quarta-feira, setembro 24

O Velho no chão

Oh amigo, tem um cigarrinho?
Claro...
Você está bem?
Não, hoje vou-me suicidar!
Não vai nada!
O Banco bla bla bla transferência da reforma bla bla bla e vem um canalha com uma milonga de cartões e bla bla bla...
Nunca devi um tostão na vida, como Militar e como Homem (curiosa distinção), e não posso entrar em casa porque o banco me meteu um aloquete na porta...
"Amanha é outro dia".
Amanha é igual amigo!... (sem olhos, desespero apenas)
Pois é...
Você é que sabe, claro, mas se está farto de viver deixe-me meter o cão em casa e ir buscar a máquina-fotográfica.
Eu não estou farto de viver amigo...
Então amanha é outro dia!

terça-feira, setembro 16

Confirma-se, estou condenado!

Desde sempre me gritei estropiado, penetrado sem clemência uma e outra vez... mas nunca me calei. Até hoje, que rendido me viro para Meca sem resistir.

Sempre defendi que não devia ser o estado a obrigar-me a entregar-lhe o meu pão para que ele mo devolva (ou não) na minha próxima idade, uma idade que NUNCA atingirei. Preferia ser eu a gerir ao sabor dos meus prazeres e necessidades o pão que hoje consigo cozer.
Com a falência do Lehman Brothers, o quarto maior banco norte-americano, centenas de milhares de americanos que apostaram um quinhão do seu pão num Plano de Poupança Reforma terão dias menos azuis na próxima idade, e eu sou obrigado a reconhecer que é preferível que o meu estado continue a roubar os trinta e tal por cento, porque as probabilidades de falência do estado demonstram-se inferiores.

Incomoda-me que TODOS tenhamos de amparar os escorreganços do outro lado do Oceano, mas termino aplaudindo a postura quer da Administração de George Bush, quer da Reserva Federal Norte Americana, que ao contrario de exemplos recentes não intervieram imediatamente para salvar da falência gestões infelizes. Porque se eu gerir mal o resto do pão que o estado me deixa e não conseguir pagar a minha casa, ninguém vai intervir por mim. Deveriam passar também por ai as regras do Capitalismo-Selvagem, pela igualdade de tratamento.

Abraços humildes e francamente agradecidos ao meu estado.

P.S. o que vale, é que vêem ai a obrigatoriedade dos chips nos veículos automóveis, para eu me descondenar ;)

quarta-feira, setembro 10

O meu ansiolitico não tem Aloe Vera

Banho-me químicos-free num Oceano de drogados, receitados e não receitados, que insiste argumentar as benesses de um Mundo sóbrio.

Impressionante a quantidade de anti depressivos com que diariamente privo... putos e velhos, com especial incidência na minha geração, estamos todos paridos!

domingo, setembro 7

miss u

Espontâneo me foi reencontrar
nas esquinas vazias de Agosto
sentir que sem querer quero lar
saber-me sem ti apenas pouco.
Mas Setembro trouxe as gentes
à precoce consoada do castigo
porque dizer do que me sentes
é dizer-te apenas que respiro.

Vem chuva vem como te amo
como Lua e Mar como Carne
vem chuva enche-me do sano
vem antes que se faça tarde.

segunda-feira, setembro 1

“Carvões da Vida"












Apanhou-me de surpresa a exposição comemorativa dos 25 anos de carreira de Ricardo Paula.
Primeiro porque a Obra se faz a Óleo sobre Tela. Depois pelo excesso de Obra que até a mim (viciado das imagens) saturou. E finalmente, pelo meu quase desconhecimento da Obra.
Nos três séculos da Cordoaria Nacional, percorremos de facto os 25 anos artísticos do autor. E desses anos, o presente é muito bom, por vezes excelente!
Seduz-me o Burlesco.
Do icónico circense ao fantástico imaginário infantil, da religião ao desporto, e dessa Lisboa que amamos... Atento, romântico, retratista ou impressivo, de vários todos, de imensas qualidades e de belos titulos.
Descobri um Artista!

Perdoem-me a péssima qualidade das ilustrações mas como referi, fui apanhado de surpresa, e a prioridade do meu telemóvel é telefonar...
À BORLA, até 21 de Setembro, na Cordoaria Nacional.
Minha foto
Algés, Oeiras, Portugal
eu sou quem