terça-feira, dezembro 25

Call of the wild.

Vila vazia de passos. Carros apenas, famílias indo ou vindo. E eu indo, pela primeira vez reparo que este ano também não tivemos direito a iluminação de Natal.

Dois. O som de quase sempre, a energia buscada aos 80´s pedida pelos mesmos corpos da altura. Quase sempre óptimos momentos, hoje abreviados pela premissa de Cascais.

Dois a zero no snooker garantiram entre loiras a atenção da morena certa, também vinda da António Arroio e também ainda viva.

A madrugada da linha é riquíssima numa noite de Natal, eu/nós é que não sou/somos.
Caminhámos o Mar, anormalmente confiantes, rumo à tribo das fogueiras de Carcavelos onde só lamentámos a falta de mais uma manta para que um Natal sem filhos pudesse ser mais perfeito.

Eu não sabia que um arroz de atum podia ser assim tão bom !
Arroz de atum ou de salsichas são O prato do solteiro. Depois, quantos mais ingredientes existirem no frigorífico e despensa, melhor se inventa...
Parabéns, estava muito bom.
Obrigado.

E lembrei-me do quanto me fornicam o juízo aquelas mulheres que forçam as aproximações com invulgares coincidências nos gostares. De quão servis conseguimos ser, do quanto estamos dispostos a abdicar da nossa identidade para agradar a outrem que se aproximou de nós precisamente pelo que depois destorcemos para forçar a aproximação. E que depois de encontrados ultrapassaremos um qualquer zenith que nos empurrará para o tentar remoldar quem encontrámos. E que depois se desencontra, desaproxima...
Mais uma vez realizava o filme invés de o viver, de lhe dar oportunidade de continuar a acontecer, de ser bom ou mau mas ser. Mais uma vez tentava matar a chaga à nascença, impunha-me a inevitabilidade da chaga desprezando de todo sequer qualquer peso dos muitos bons que antecedem qualquer chaga.

Ela, lavava a loiça com aquele bailar de nádegas que me enlouquece, olhei-a contente mais uns instantes e decidi-me viver-me. Recostei-me a um canto da cozinha e toquei-nos a única que sei de Lloyd Cole.
Como tantas e tantas vezes afirmo: Logo se vê !...

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