Missão da sonda Phoenix prolongada e aceleramento deste programa espacial no âmbito de se perceber se o planeta vermelho é ou não habitável, também por humanos...
Existe vida em tudo o que descobrimos. A vida é per si uma inevitabilidade, a que vemos, a que sentimos, a que pressentimos, e a que desconhecemos. Vida!
E a tua, como anda? Saldou-se das areias num gracioso serpentear, para lhe sentir dos olhos a resposta.
Tens no olhar a curiosidade da coragem, falta-te o Verde para me perder.
Bonito e tal mas, não respondeste... enfrentou-o plangeada, mulher da anca à ponta do nariz, bicos armados, olhos carregados!
A masculinidade que condimenta a expressividade latina das nossas fêmeas é por demais evidente quando possuímos algo que pretendem.
E o que é que eu pretendo de ti, ou de vocês?, implodiu-lhe à distancia de uma língua, horizontando-lhe tudo o que Azul fora.
Pretendes estar no grupo das escolhidas quando os homens arrancarem para Marte!
Se alguém “arrancasse” seriam as mulheres... mas, mas tu queimaste de vez?!, perdeu-se, palpitando incrédula no bounce dos lábios salgados, recuando o suficiente para lhe repor Mar na luz.
Não, só te respondi da minha vida... e tu, vais continuar a ler ou vais contar-me da tua?
Prefiro-te cínico a demonstrativo!, gelada!
Bonito e tal mas, não respondeste...
São vários os anos em que apenas hoje gira o meu velho Pioneer, por isso é sempre com a alegria da saudade que lhe recebo os ledz verdes e oiço o volume rasgar a humidade. Primeiro o beat e depois...
É amanha dia um de AgostoE tudo em mim é um fogo posto
Ao vivo no Rock Rendez Vous em 1984 foi o LP oferecido ao publico na festa do 4º aniversario deste espaço, tinha eu 17 anitos... Desde esse ano que hoje oiço (leia-se: salto e etc...) a segunda faixa do lado A: 1º de Agosto, by Xutos e Pontapés, gravado in concerto no mesmo espaço uns meses antes.
Tornou-se um ritual, uma preparação, um assumir, tornou-se num sorriso, num passo salgado, numa lembrança, tornou-se o sim da juventude que mantenho, um inspirar... e hoje tornou-se também parte da herança que deixo à minha filhota!
Dizia Confúcio há 2.500 anos que a um Homem com fome não se deve dar um Peixe mas sim ensina-lo a pescar.
Eu, ensino à filhota os hábitos do Peixe que de momento consegue pescar.Basta-lhe olhar...
Rodeiam-me pessoas relativamente saudáveis, nesta terra de convicções fadistas.
Pessoas que arteiam corpo e mente, pessoas que ainda se atrevem a procurar.
Rodeiam-me loucos e românticos; os pobres de comprar, ricos no juízo.
Rodeiam-me, enchem-me, amparam-me. Ajudam-me a ficar.
Amo cada uma destas pessoas e amo que me amem, mas não lhes sei merecer amor.
Quando morri despi de mim dessas maneiras e dores! Armadurei-me do exemplo máximo para refutar a vida, pretendendo-me de fora, morto. Mas como ?, se a Lua aos vivos pertence...
Interfiro, eu sei.
Abraços muito fortes (para mim também)photo not by me
Antecedeu-os em suspiro, eclodindo-se qual casca de conquilha, quando com um “até já” o viu partir sedento, deslizando para o entalhe ergonómico do beijo cunilinguico.
Dançando se ergueram as ancas aplaudindo-o num rodopio do queixo ao nariz, incentivando-o no segurar a especificar-se dos peitos para os bicos, submetendo-os em vontade. E no eco, coxas e nádegas se Outonaram, abatendo-se maré viva sobre os seus ombros.Exigente, arriscou traumatizar um pulso demandando o ponto G, e à balada se juntou em crescendo a Gymnopédie No. 1 do Erik Satie, minimalistamente interpretada by Nokia.
Antes de ser teen já o Careca sabia partir um sabonete e merecia da velha-guarda a honra de passar pintores na Avenida.
Mutualidade parasita entre maiores e crianças. Desta forma a criança alcançava estatuto e dinheiro, e o maior vendia através das mãos da criança sem incorrer em risco judicial.
O Careca fez-se teen percorrendo as estradas que se lhe auguravam; primeiro toxicodependente e depois ladrão, entrelaçando bairros com prisões, até que sentindo putas e sentido por encanados se fez maior.
Depois soltaram-no uma enésima vez, quarentão, mais pobre que nunca e seropositivo. Rejeitou seis horas de binopólio a estacionar nas Docas com uma taxa baixíssima de aluguer de espaço aos Ucranianos. Preferiu tornar ao lar onde escravizou Mãe e Irmã, uma entrega pacotes por uma fresta e a outra entrega a fresta aos pacotes, o que confere ao Careca o rendimento mais que suficiente para finalmente tentar construir o seu lar.
Para companheira escolheu uma mulher de 15 anos, deixada aos cuidados da Avó por uma Mãe a quem o amor obrigou a acompanhar o marido/padrasto no salto para o Brasil, devido a uma "questão de números". O principal culpado da orfandade já regressou a Portugal junto com uma brasileira, abandonando a ex mulher/mãe à sua sorte do outro lado do Oceano.
O Careca esteve ontem aqui à porta a deixar a noiva na Avó e a única palavra que lhes dirigi foi de recusa em beber um copo. Como se não beber um copo na sua companhia me limpasse a alma...
Espero que a minha filhota tenha vizinhos melhores do que o vizinho que eu sou!
(decididamente, o Verão acinzenta-me!)