quinta-feira, janeiro 17

"Ultima Dança"

Tenho o privilégio de percorrer vários projectos musicais. Um firmado, outro que se vai afirmando, um conhecido no underground, outro em absoluto standby e, este novo projecto; som ainda por parir, ainda encrostados na alma, à espera que os dedos o aprendam a reproduzir. Algo que preconcebo na área do Billy Blues com aromas de Hard & Roll.
Conhecendo como conheço o irmão de mais este som, sei que me vai obrigar a dizer verbos naquela que eu considero uma das línguas foneticamente menos cantáveis; o português de Portugal. Por isso, comecei a fazer os TPC´s. Só que, não estou satisfeito com o produto final... Pretendo algo duro mas também maduro, e por enquanto o que tenho é apenas verbo quando o que preciso é de Verbo !
Se alguém puder ajudar, enriquecendo/editando o rimar (principalmente do refrão), agradeço e prometo que na/se primeira vez que a tocarmos in vivo menciono a ajuda.

No final da noite princípio do dia, loiras e morenas descem ruas e gargantas
sem rumo nas horas nos trocos sabia, chegados os acordes da última dança.
Quem faz lavado vai cansado da pressa, quem fez repousa passos num lábio do Tejo
e todos em torno de esperança ou promessa, procuram destinos que já não almejo.
(porque)
Eu deixei de acreditar, no que me resta entregar
Eu deixei de querer, o que tenho a receber
Eu gosto do que vivi, mas não suporto estar aqui.
Eu... estou-me a defecar para ti !

Lisboa parada nos carros no fumo, nos copos nos rostos na falta de verbo
das gentes que chegam ou vão para o Mundo, vivendo dias não piores que o inferno.
Floresta de mágoa lágrima colectiva, rebanho de povo sem bolas sem vida
Torrente descontente sem nada a dizer, procura destinos que já não quero ter
(porque)
Eu deixei de acreditar, no que me resta entregar
Eu deixei de querer, o que tenho a receber
Eu gosto do que vivi, mas não suporto estar aqui.
Eu... estou-me a defecar para ti !

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