Passar pela Feira do Livro, é um ritual que desde sempre me acompanha.
Subi da Avenida da Liberdade ao Parque Eduardo VII pela mão da minha Mãe, abraçado aos amigos com uma litrada na mão, com a filha no colo mãos cheias de amor, e com todas as mulheres da minha vida nas mãos.
Mas raramente as pouso, as mãos, em livros que não tenham bonecos. Os com letras empilham-se em colunas de Quero Ler, e quando leio repito-me invés de me cultivar... não fossem os Blogs e completamente bruto seria!
Sim, ainda espreito a Bertrand à procura de Extraterrestres e outros mistérios que tais, e actualizo-me dos novos Dicionários na Porto Editora. Mas nessas bancas de livros com letras apenas me detenho na Europa-America, seguidora das grandes colecções de Ficção Cientifica iniciadas pela Bertrand nos anos 70, e depois têm o António Damásio e o Sven Hassel o que os torna num must desta minha peregrinação.
Desço e subo em zig zag, procurando Banda Desenhada.
Subi da Avenida da Liberdade ao Parque Eduardo VII pela mão da minha Mãe, abraçado aos amigos com uma litrada na mão, com a filha no colo mãos cheias de amor, e com todas as mulheres da minha vida nas mãos.
Mas raramente as pouso, as mãos, em livros que não tenham bonecos. Os com letras empilham-se em colunas de Quero Ler, e quando leio repito-me invés de me cultivar... não fossem os Blogs e completamente bruto seria!
Sim, ainda espreito a Bertrand à procura de Extraterrestres e outros mistérios que tais, e actualizo-me dos novos Dicionários na Porto Editora. Mas nessas bancas de livros com letras apenas me detenho na Europa-America, seguidora das grandes colecções de Ficção Cientifica iniciadas pela Bertrand nos anos 70, e depois têm o António Damásio e o Sven Hassel o que os torna num must desta minha peregrinação.
Desço e subo em zig zag, procurando Banda Desenhada.
A B.D. disponível no nosso mercado é basicamente mainstreamista mas felizmente somos municiados por gentes com bom gosto e aos poucos quase tudo o que tem qualidade acaba por ser editado em português. (mas bendita Internet que nos libertou dos prazos dos editores made in Pt)
Esta é mais uma feira fraca para a B.D., pelo menos para quem a segue, basicamente porque não existe qualquer politica que aponte as publicações chave para alturas de maior receptividade, como a Feira da Amadora e esta Feira do Livro de Lx. Espalham-se publicações por 365 dias sem qualquer objectividade, espalham-se na maior parte das vezes sem qualquer tipo de publicidade ou aviso, e aqui o cliente lá as vai descobrindo nas suas voltinhas pós laborais ou by benditas sub-editoras da Internet, e quando chega à Feira do Livro as novidades são escassas.
Esta falta de politica, que nos faz perder leitores e às editoras dinheiro (eu defendo que o futuro leitor não tem tempo para procurar, tem de ser guiado) ainda são resquícios do tremendo assalto que a Meriberica-Liber realizou nos anos 80, em que Telmo Protásio se assenhoreou dos direitos de tudo o que existia e poderia vir a existir, migalhando-nos com alguns anos de prosperidade, e depois maltratar-nos até falir e morrer mal amado.
Aquele que foi o maior editor nacional de B.D. de todos os tempos este sábado não se encontrou representado com nenhuma das suas habituais quatro bancas, que chegaram a ser quase uma dezena. E eu fico melhor sem a presença de quem quase asfixiou a B.D. em Portugal. Aqui, benditas Asa e Vitamina BD, graças a quem outros autores, outros traços, outras correntes, outros cultos nos foram apresentados, arrancando o leitor português de uma segunda idade das trevas (a primeira foi quando só conhecíamos o Tintin, o Lucky Luck, o Asterix e a Anita, a idade da Bertrand)
A Bizâncio é muito boa onda, de lá trouxe mais daqueles dramas familiares contados a P&B na forma de piada, e da mega bendita Vitamina BD trouxe o Afrika do ultimo dos grandes mestres, Hermann, aguardando a altura certa para ser digerido.
Do espaço, ficaram-me na memória muito mais bancas de comes-e-bebes, alguns rostos colunáveis, e um novo espaço comunitário onde se incentiva um contacto ainda mais próximo com o livro mas que a mim me distanciou.
Já foi melhor, já foi pior, já foi diferente. Eu fico contente por continuar a ser venha do futuro o que vier...
A Bizâncio é muito boa onda, de lá trouxe mais daqueles dramas familiares contados a P&B na forma de piada, e da mega bendita Vitamina BD trouxe o Afrika do ultimo dos grandes mestres, Hermann, aguardando a altura certa para ser digerido.
Do espaço, ficaram-me na memória muito mais bancas de comes-e-bebes, alguns rostos colunáveis, e um novo espaço comunitário onde se incentiva um contacto ainda mais próximo com o livro mas que a mim me distanciou.
Já foi melhor, já foi pior, já foi diferente. Eu fico contente por continuar a ser venha do futuro o que vier...